terça-feira, abril 12, 2005

Confissões de um Solitário.

Sinto-me especial, sou diferente porque assim me sinto. Autodescrimino-me em cada momento que vivo sozinho. Momentos únicos. Olhando o mundo à minha volta não vejo ninguém, estou sozinho com os meus sentimentos.
Sento-me no abismo. Faço dançar pequenas pedras para que voem no precipício. À minha frente fantasmas que me alegram e entristecem. Estou sozinho, só eu e os meus fantasmas. Trazem-me velhas nostalgias e novas conquistas, largam-me diamantes por não mais as poder viver. Sorrio sem medo ao vento que me afasta os cabelos. Tudo meu, só meu. Ninguém jamais sentirá o mesmo. Alegrias e tristezas vividas em mim, serão minhas para sempre. São realmente minhas, os meus verdadeiros valores. Nada é tão meu. E como é só meu isola-me de todo o mundo. Olham-me com desdem porque sorrio no meu da rua, e eu olho com desdem quem se prende com futilidades.
Não tenho medo de sorrir, e no entanto as lagrimas timidas nunca me saem dos olhos em frente a outros olhos. Acumulo-as em doses de tristeza que me vao enchendo o coração impedindo-me de sentir. Encho balões de frustrações que rebento com meus dedos. Mas ficam-me agarrados as mãos limitando a minha acção.
Basta-me uma gaivota rasgar o céu laranja, ou o acorde desafinado de uma voz que me violenta para fazer desaparecer o mundo que me rodeia. E passo a ser só eu. De novo.

*pa Joaninha

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