segunda-feira, março 14, 2005

Monólogo Apaixonado nº4

Odeio-me. Odeio-me por te ter odiado. Para que te disse eu aquelas coisas? Para que te pedi que não me olhasses? Pensava que suportava a tua frieza, que te esqueceria se tu não me olhasses. Mas não. Não aguento que me trates assim, que não me olhes mais. Sofro, caem-me lágrimas a ferver no coração já fragil de cada vez que me ignoras. Sempre pensei que fosses bela em todo o teu ser. Que cada pedaço do teu corpo fosse perfeito para constituir o teu ser angelical. Mas não. As tuas costas são horrendas. Não as suporto. Cada vez que as olho sobem-me vómitos de dor e quero-te expulsar do meu coração num espasmo nojento. Não aguento ver as tuas costas voltadas para mim como um sol que me queima. Peço-te olha-me. Não ligues ao que te disse. Não o sentia, não o quero, não o aguento. Perdoa a minha infantilidade, perdoa-me as palavras que te disse. Não as sinto nem as senti. Não mais quero ver as tuas costas., não me ignores mais.
Seja porque motivo for, olha-me! Nem que seja porque te faço lembrar o teu primo distante, nem que seja por ter algo ridiculo na cara. Nem que seja porque me odeias. Desde que me olhes.
Se não vou continuar a odiar-me, vou sentir a culpa de ter dito o que não quis. Sou culpado, é esse o meu veredicto. Mas já cumpri a minha pena. Tu sabes, tu foste o carrasco.Acaba com isto Não me ignores mais. É tudo que te peço. Não me ignores.

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