domingo, março 13, 2005

Monólogo Apaixonado nº3

Sento-me à espera que passe. Olho o infinito e espero que tu passes. Deitado tocando o azul do céu espero pacientemente que tu deixes o meu coração. Sim estás lá dentro. Mas não fiques convencida, não fui eu quem te pôs lá nem sou eu quem te mantêm. Não penses que te amo, que és tudo que sempre sonhei, que me poria em frente a uma bala por ti. Desengana-te. Só estás dentro do meu coração. Nada de especial. Então porque faço eu tanto alarido perguntas tu. A resposta só não é obvia para ti, que a enormidade do teu egocentrismo te cega a resposta. Não te amo, não estou apaixonado por ti. Nunca poderia ser. Dou-te atenção porque estás sozinha. Sozinha dentro do meu coração. Tens a exclusividade do meu sentimento. Não é que ele seja grandioso é apenas único. Sento-me à espera que passe. Amarro-me à inércia e deixo que o tempo me lave de ti. Não sou destas coisas. Não sou paciente, nem gosto de esperar. Sei-o porque me atormenta a inquietação e me impele a fazer algo estupido. Imagina! Eu chegar à tua presença e dizer-te que és a única no meu coração. Não tenho medo que me partas o coração. Não... Nem que explodisses lá dentro farias grande dano. Não tenho medo de tu me negares, de me afastares. Sabes de que tenho medo? Que olhes para mim e m vejas por dentro, que vejas a minha criança interior e que depois a vás espalhar aos sete ventos. Que a exponhas e a mostres a toda a gente. Por isso me acorrento e te espero esquecida. Nada farei a não ser olhar o sol vermelho da tua existência a pôr-se no mar do esquecimento.

1 Comentários:

Blogger K1111 disse...

Eu devia ter lido isto naquele dia... tinhas razão. :)
As coisas que este rapaz sabe... tá ali a essência de muito problema. Nem mais. (Apesar dos pouquinhos erros ortográficos...muahahaha. :p)
Lili

3:16 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial