sexta-feira, março 11, 2005

Monólogo Apaixonado nº2

Não me sais do olhar. Não é da memória porque não tenho. Apago-a a cada segundo. Expulso a tua imagem da minha cabeça porque me põe tonto.Não te quero pensar, não te quero recordar. Mas em cada corpo te vejo, em cada face te olho. Tudo és tu, e eu sou nada. És tudo que não posso querer és tudo que nunca terei mas nada em mim te quer olvidar. Procuro-te inconscientemente acabando por partilhar o mesmo tecto. Mas de nada me serve. Eu na minha infinita vergonha escondo-me de olhos fitos no chão, não te quero mais ver, não te quero mais desejar. Mas tu obrigas-me. Puxas o meu olhar exigindo a minha atenção. E obrigado te olho e tu devolves-me o olhar e regressas ao teu trono sem dizer uma palavra. Sem esboçar um sorriso. Porque me fazes isto? Porque me humilhas desta forma. Fazes-me desejar-te para que do alto da tua superioridade negares tudo o que desejo com o polegar apontado para baixo.
Eu desisto, regresso à minha amarga solidão mas os meus olhos queimados pela tua imagem já so te vêm. Como uma marca de sol a tua imagem enquadra-se em cada rosto e só passado pouco tempo se esbate e dá lugar à minha desilusão.
Porque me castigas tu? Desejo-te mas sei que não te posso ter. Se pelo menos deixasses de me torturar, se não mais me olhasses talvez eu te esquecesse. Não me olhes mais peço-te. Não me olhes

1 Comentários:

Blogger *Sphynx* disse...

não me olhes...
cmo pode este pedido ser tão sincero mas ao mesmo tempo, esperamos do fundo do coração k não seja cumprido!
nós não admitimos k a esperança insiste em manter-s no fundo do nosso pequeno coração...

12:59 da manhã  

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