sexta-feira, abril 01, 2005

Monólogo Apaixonado nº7

Inquieto. A indecisão arde-me nas veias impelindo-me para a acção. Como uma droga a consumir-me o sangue corroendo a cada movimento. O estômago revolve-se num redemoinho que me torce o esófago e me aperta a garganta. Tudo por tua causa. Ou por minha? Atormentam-me as dúvidas porque não sei o que te hei-de fazer. Ora me agarro a ilusões sem sabor, ora me prendo a princípios extintos. Tão depressa rebento de alegria por ver o teu olhar como definho por saber que nunca serás minha. Voltaste para me iluminar e atormentar. De novo a tua presença me impede de sonhar e sou obrigado a encontrar outras fontes para viver. Sonho com relações que nada me dizem mas que posso sonhar. Elas deixam-me sonhar não são como tu. Mas também não és tu. Quero-te minha, quero-te fazer minha mas não posso fazer. Dia por dia perco respeito à lei e atiro-me de cabeça. Faço-me de coisas boas, ponho-me belo, encho-me de mim. Tu assistirás ao espectáculo e no fim, qual imperatriz, rodas o dedo e terminas com a minha indecisão.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

"Dei comigo a conversar com a dona dos meus últimos sonhos, de amor ou fantasia? Dizia não saber o que era amar. E se eu perguntar?...são mil razões, muitas delas tão difíceis trocar por opiniões minhas sobre amor. Sinto que algo se prende, mesmo sem descortinar...sinto que algo se rende à minha forma de estar, será sempre difícil?

Parti para viajar à volta dos teus anéis de escudo. Deixei de me procurar, tentei esconder-me no escuro Deixei-te falar. Abriram-se as portas do teu abismo de metal, quando o dia amanheceu, cheio de nada de mal e as palavras eram surpresas iguais às que tinhas sonhado e os teus corais brilhavam sem dor, como se o tempo parasse de contar...deixasse de passar. Conta o que desejas."

Gosto muito dos Monólogos. De todos eles.

4:24 da tarde  

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