sexta-feira, março 16, 2007

Água

Se não me engano estão agora a pensar na expressão "Claro como água."Não podiam estar mais certos. Sorrio. A água é assim mesmo. Se pedirem a um miúdo de 5 anos que vos descreva o que é a água duvido que ele use muito mais que a própria palavra. A água é assim. Podia usar muito mais chavões bonitos como "é o bem mais precioso" mas parece-me tão desnecessário pela beleza deste amor. Parece-me também desnecessário descrever o local one se encontraram.
A água encontra-se em qualquer lugar e corre sempre para si própria. Fonte, ribeiros,rios,mar. Seja onde for ela encontra-se. Também me parece que assim seria com Silje e Alessandro. Não importa muito como ou onde se conheceram. Eram 2 gotas de àgua num oceano de gente. Apaixonaram-se e aprenderam a nadarem juntos. Tão natural quanto se pode ser. A harmonia que deles exalava era inquestionavel. Os amigos pensaram o mesmo que vocês no inicio do texto: Claro como água.
A felicidade de ambos juntos soava como aquelas fontes e jardim no verão. A relacção deles era transparente e toda a gente olhava sem medo. Tanto Silje anunciava o seu sorriso como Alessandro afirmava o seu olhar. O mais engraçado é que ambos sabiam que o ciclo ia volatar e afasta-los de novo. Apesar do nome vos ter indicado ainda não tinha dito que Silje era estrangeira no pais de Alessandro. Ela tinha de voltar e ambos o sabiam. Como se sabe que a água evapora. E eventualmente o sol chegou para ela. É engraçado como desejamos sempre o sol mas como ele às vezes se pode tornar incómodo quando nos abrasa. Acho que a Silje pensou o mesmo.
Mas na distância eles voltaram a provar de que era feito o seu amor. Mantendo-se imutável a ligação de ambos apesar de ela chover mais a norte ela mantinha sempre os olhos no mar. Através de infiltrações e grandes rios o sal mantinha-se agarrado a ela, como prova que o mar nunca se lhe arredaria do espirito. Alessandro nunca hesitou em afirmar que o mar não era mar sem aquela gota, e que apesar de ele ter ficado, o mar era o conjunto dele e de Silje. Mais nada importava. Nem sequer quem o sol puxou. Como nota pessoal e abusando das metáforas, digo-vos sem medo, sabe mesmo bem beber o amor deles.

4 Comentários:

Blogger styska disse...

que bonito! :)*

12:40 da tarde  
Blogger Gui disse...

Vou-me recompor e venho cá já comentar...

7:43 da tarde  
Blogger Gui disse...

Água...e eu sem palavras. Adorei! Está lindo, transparente, claro! Como a água! Adorei e ainda estou abananada sem saber muito bem o que dizer. Lindo de morrer!

Gosto muito de ti! E escreves mesmo muito bem!

Um beijinho com saudades, muitas muitas**

8:12 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O ferro derrete com o calor, o vidro parte-se, a terra esmaga-se, a água evapora-se, a borracha rompe-se... e só tens mais dois materiais para gastar (assumindo que nao vais violar o mítico nº7) vê-se escolhes bem =P
Bem fica a provocaçao do tipo que ainda lê isto de vez em quando... de resto estás cada vez mais perto do "mestre" ;) abraço

10:43 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial