terça-feira, novembro 28, 2006

Azul-Chuva

Há aquele levantar de todos os pelos, com a sensação que algo passa pelas costas. O sorriso brota da minha face, e parecem aparecer pequenos cristais no ar à minha volta. Talvez seja a chuva. O som é idêntico. Um "chh" lento mas não demorado. Repetindo-se indefinidamente. Infinitamente. O infinito dos teus olhos. O azul que neles se abre e me chove. E depois a porta que mo tapa, e depois eu procurando às cegas a chuva. E depois tu empurrando-me para o conforto do abrigo. Mas eu quero ir, quero voar sem medo da chuva. E fico assim. A querer molhar-me. Mas a porta não se abre e acabo por vislumbrar o temporal caindo lá fora. Então volto as atenções para dentro e vejo uma sala, e também é azul, o chão, as paredes o tecto.Tudo é tão azul como lá fora. Neste momento é na sala que vivo, e é na sala que sorrio. E tu mostras-me que a sala vale a pena. E por isso sou feliz. E aqui sou feliz. Deixei de me preocupar com sair. Deixei de pensar se a saída é melhor. Hoje o coração explode com o conforto deste sofá. Se o amanhã for feliz na rua, o hoje foi feliz aqui. Assim como eu não anseio o exterior, também não o temas. Porque a chuva sabe tão bem! Sabe a ti, sabe a azul.

3 Comentários:

Blogger *Sphynx* disse...

:P

keres k diga o quê??

não gosto de me repetir!

ohhh

e porque é que não pode ser vermelho?

***

7:06 da tarde  
Blogger Lurdes Pereira disse...

Azul como o imenso céu onde nos fazes voar com as tuas palavras...azul como a felicidade que sorri dentro de ti...azul!

9:03 da tarde  
Blogger SA. disse...

Eu adorei, adorei este azul


Mas a minha opinião é suspeita, não só porque gosto sempre, mas cá por coisas....



*

7:03 da tarde  

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