segunda-feira, dezembro 04, 2006

Dourado - Areia

As vezes parece que os meus olhos se transfiguram, mudam o que estou a ver e passo a ver outros mundos colados ao meu. O sol transforma-se num grande candeeiro com um filtro dourado que transforma o meu mundo num retrato a sépia. As tuas mãos ficam douradas e apercebo-me do seu valor. Parecem assim ancestrais, mais que valiosas e cheias de uma suavidade que as tornam mágicas. Como os teus cabelos, os meus olhos vem-nos dourados assim como se fossem eles próprios raios daquele sol de sépia. O sol esse parece emanar algures atrás de ti e encher-me de calor a face. De tal modo que semi-cerro os olhos e tudo fica com aquele estrelar da luz a atravessar as pestanas. Como a chuva no vidro dos carros. O mundo parece feito de areia, mas as tu revelas-te uma estátua, de bronze, ou outro metal dourado com que se fazem aquelas estátuas que lembram deuses. Mas tu não és dessas, nem daquelas de anjos ou de senhores em cavalos. És tu, e não és uma estátua, nem te quero num pedestal. Quero-te aqui à minha beira, com as tuas mãos douradas nas minhas, e eu aninhado no teu regaço.

1 Comentários:

Blogger Gui disse...

Sei que não tenho comentado porque não tenho lido!!E hoje também não pode ser. Quando ler eu comento prometo!!
Beijinho**miss u**

8:55 da tarde  

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