quarta-feira, abril 20, 2005

Depois do fim

A lenta melancolia. O constante enjoo de pensamento. Não estou feliz mas muito pelo contrario. Aluguei a felicidade em part-time, vivi intervalos em puro extase, fui realmente feliz. Nunca pensei que o preço fosse tão grande, nunca julguei que me fosse cobrado desta forma.Caio de novo no fundo, a melancolia passa a tristeza profunda. Não encontro outra razao que não a de me estar a ser cobrada com juros toda a felicidade que consumi. O fundo e negro, nos meus ouvidos o zumbir constante do silêncio. Nada para além disso. Até o meu coração deixou de bater. Grito a plenos pulmões e porém nem um som me sai da boca. Choro copiosamente, choro e nem uma lagrima me sai por o canto do olho. Penso de hora a hora.
"Será que há alguem para além do poço?" Vivo na esperança que exista mas não o sei. Afagam-me varias maos outras esbofeteiam-me se fazer um som. Não-lhes vejo caras, só as acções de suas mãos.Quem me diz a mim k pertencem a gente? Gente de verdade que sentem como eu? Quero acreditar que sim mas a dor é insupurtavel. E ninguem a tem como eu. Quero ser egoista, arrogante, miserável em grande. Acredito piamente que ninguem nunca sofrerá como eu. Mas é mentira, eu sei-o. Sou um canalha egoista por pensar assim. Não mereço que me gostem nem mereço gostar de niguém. Tapo-me com o capuz e sigo a vida no fundo, no fundo talvez encontre a luz, talvez seja feliz a tempo inteiro.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial